Polícia Federal prende sete por ligação com contratos irregulares de R$ 52 milhões em Iranduba - Manaus

Manaus - A Operação Dízimo, realizada na manhã desta segunda-feira pela Polícia Federal em Iranduba, na Região Metropolitana de Manaus, cumpriu sete mandados de prisão, dos 11 expedidos. Entre os considerados foragidos, estão dois vereadores, de acordo com informações da PF.

A operação prendeu suspeitos de envolvimento em contratos de R$ 52 milhões feitos irregularmente, de acordo com as investigações, que segundo a Polícia Federal não nutrem qualquer ligações com os fatos apurados pela Operação Cauxi, realizada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e Controladoria Geral da União (CGU) na semana passada. Na ocasião, o prefeito Xinaik Medeiros e dois secretários, David Queiroz (Finanças) e André Maciel (Infraestrutura) foram presos.

Das sete pessoas presas pela PF nesta segunda-feira, foram dois secretários municipais, um vereador, dois funcionários públicos, um empresário e o ex-presidente da Comissão Geral de Licitação do município, Edu Corrêa, que havia sido preso preventivamente pela Operação Cauxi, mas foi liberado no domingo.

A reportagem em Iranduba apurou que um dos presos é o Procurador-Geral do Município, Allan Kardek, que foi preso na sede da PGM. A Polícia Federal também esteve na casa do Presidente da Câmara Municipal de Iranduba, Paulo Bandeira, mas ele não foi encontrado no local.  A PF também esteve na casa do líder do prefeito, Antônio Gerlande, mas não confirmou se ele foi um dos presos na operação.
De acordo com a PF, a Operação Dízimo não tem relações com a investigação realizada pelo MP-AM em Iranduba, que originou a Operação Cauxi. Segundo o delegado responsável pela operação, Alexandre Teixeira, as investigações começaram há quatro meses e tinham como objetivo investigar os contratos de transporte do município, que totalizavam R$ 6,7 milhões.

No decorrer das investigações, segundo a PF, foram encontradas irregularidades em licitações das Unidades Básicas de Saúde, quadras poliesportivas, poços artesianos e até nos recursos enviados como ajudas humanitárias por conta das enchentes. No total, os contratos totalizavam R$ 52 milhões. De acordo com a PF, de 25% a 30% de cada contrato eram desviados, o que indica que até R$ 15 milhões podem ter sido desviados pelos investigados.

De acordo com o delegado Alexandre Teixeira, o esquema era comandado pelo secretário de finanças, David Queiroz, que já foi preso durante a Operação Cauxi, do MP-AM. “Existia uma divisão de tarefas e o secretário de finanças precisava de pessoas para exercer funções específicas”, afirmou o delegado.
afirmou que, durante as investigações, os nomes do prefeito afastado de Iranduba, Xinaik Medeiros, e da então vice-prefeita que assumiu o posto de Xinaik, Madalena Jesus, foram citados. Porém, ainda não há qualquer investigação sobre eles dentro da ‘Operação Dízimo’.

PRESOS:

Allan Kardek Pinheiro, Procurador-Geral do Município

Raimundo Israel Araújo, Secretário de Meio Ambiente

Anne Caroline Queiroz Félix, funcionária da Prefeitura

Josué Ferra de Oliveira, dono da empresa AA Macedo Manutenção Industrial

Mário Albert Pinheiro de Paiva, membro do Conselho de Administração Escolar da Prefeitura de Iranduba

Antônio Alves de Lima Filho, vereador 

Edu Corrêa, presidente da Comissão Geral de Licitação

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